Refugiados haitianos chegam à Amazônia brasileira
Acre e Amazonas receberam 500 haitianos. Planalto convoca reunião para discutir a questão.
BRASÍLIA – A chegada de aproximadamente 500 haitianos nos estados do Acre e do Amazonas desde setembro do ano passado assustou o governo federal. Na última quarta-feira o assunto ganhou prioridade na agenda do Palácio do Planalto com a notícia de que outro grupo com o mesmo contingente estaria chegando ao Brasil. O ministro chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, convocou às pressas uma reunião com os colegas José Eduardo Cardozo (Justiça), Alexandre Padilha (Saúde), Relações Exteriores (Antônio Patriota) e um representante da pasta da Defesa para tratar do assunto, mas o governo preferiu minimizar o problema.
O encontro serviu para definir as ações do governo federal para tentar organizar o fluxo migratório de haitianos, mas nada foi divulgado. Os haitianos chegam ao Brasil fugindo das conseqüências do terremoto de magnitude 7.0 na escala Richter que há pouco mais de um ano destruiu a capital Porto Príncipe, causou mais de 200 mil mortes e deixou outras 300 mil pessoas gravemente feridas, além de milhares contaminados por diversas doenças.
A primeira leva de refugiados do terremoto chegou em setembro pela cidade de Tabatinga, município do Amazonas localizado na fronteira do Brasil com a Colômbia e Peru. Às vésperas do Natal, outro grupo chegou a Brasiléia, no Acre, onde estão cerca de 100 estrangeiros. Os refugiados saem de quatro regiões diferentes no Haiti e chegam ao Brasil por um caminho tortuoso. Na primeira etapa, os haitianos atravessam a fronteira e chegam à vizinha República Dominicana. Depois, compram passagens em pequenos aviões ou barcos precários para o Panamá. De forma improvisada os refugiados conseguem chegar ao Equador e depois ao Peru, onde ficam nas cidades de Iñapare e Puerto Maldonado antes de pegarem a rodovia Transoceânica, estrada de 1.200 km que liga o Peru ao Acre.
Os refugiados chegam de ônibus, táxi e até caminhando. A primeira parada é a cidade de Assis Brasil e depois Brasiléia e Epitaciolândia, onde procuram a Polícia Federal e pedem refúgio. A viagem costuma durar dois meses. Um grupo de 30 haitianos conseguiu chegar à capital Rio Branco no final do ano passado. Parte deles arrumou dinheiro fazendo bicos e viajou para São Paulo em busca de emprego. Na capital paulista já existe uma colônia clandestina de refugiados. Em Brasiléia, onde está o maior número de haitianos, a prefeitura acomodou os estrangeiros em uma quadra esportiva coberta que serve de acampamento e nas pousadas. O governo do Acre está fornecendo cestas básicas. Até a semana passada, não havia crianças entre os migrantes que são na grande maioria homens entre 18 e 40 anos.
Qualificação profissional chama atenção
Os refugiados também chamam a atenção pela organização dos documentos e a qualificação profissional. Muitos são pedreiros, mestres de obras, carpinteiros, estudantes, professores universitários e até advogados. Todos falam a língua creole, oficial no Haiti, e o francês. Boa parte também se comunica em espanhol, inglês e até italiano. “Eles buscam trabalho para reconstruir a vida e até ajudar os parentes que ficaram no Haiti”, disse o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Henrique Corinto.
Nas entrevistas feitas pelos assistentes sociais, os haitianos revelam um surpreendente conhecimento das chances de emprego no Brasil. Sugerem, por exemplo, que sejam transferidos para Rondônia, estado onde estão sendo construídas duas grandes hidrelétricas – Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira – para que possam trabalhar na construção das barragens. Mas o principal objetivo dos haitianos é chegar a São Paulo. Os refugiados simpatizam com o Brasil. Além de conviverem com os soldados do Exército brasileiro que formam a Força de Paz no Haiti, revelam que escolheram o País porque o Brasil oferece as melhores condições de trabalho e boa hospitalidade. A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) coletou sangue, urina e fezes para exames. Entre os refugiados abrigados no Acre estão duas mulheres grávidas. Os haitianos também receberam todas as vacinas oferecidas todo ano pelo governo aos brasileiros.
Pelas leis brasileiras, os haitianos que chegaram ao Acre e ao Amazonas deveriam ser deportados porque entraram no País sem visto. Mas os governos estaduais e a presidência da República não tomaram esta atitude por razões humanitárias. Para evitar que os refugiados transitem pelo estado, o governo do Acre fez um acordo com os haitianos para que permaneçam em Brasiléia em troca de acomodações, alimentação e assistência médica até a regularização dos documentos dos migrantes estrangeiros.
PASTOR JORGE E SUA ESPOSA CRISTINA ROJAS ESTARO CHEGANDO AO ACRE, LEVANDO AJUDA HUMANITARIA KITS DE HIGIENE PERSOAL A NOSSOS IRMAOS REFUGIADOS HAITIANOS NO ACRE..AGRADECEMOS A OS PARCEIROS DO MINISTERIO DO PASTOR JORGE ROJAS PELAS SUAS COLABORACOES PARA AJUDA DESTRE PROJETO HUMANITARIO..
SI VC DESEJA AJUDARNOS A AJUDAR...SEJA UM PARCEIRO MINISTERIAL.DESDE JA MUITO OBRIGADO.
Haitianos chegam ao Brasil com sonho de conseguir emprego
Maioria quer enviar dinheiro para a família que ficou no Haiti.
Ginásio em Brasiléia (AC) está sendo preparado para servir de abrigo.
Grupo de imigrantes do Haiti em Brasiléia (AC) (Foto: Gleilson Miranda/Agência de Notícias do Acre)
Recém-chegada do Haiti, uma mulher identificada como Ilana Sadius, de 27 anos, trabalha na cozinha improvisada na paróquia de Brasiléia, no Acre. Ela ajuda a preparar a comida para cerca de 160 haitianos que começaram a chegar à cidade em dezembro, em busca de refúgio, enquanto aguarda a entrega dos novos documentos para procurar emprego e ajudar a família.
A viagem dos haitianos até o Brasil é longa, dura até dois meses por países da América Central e América do Sul. Os imigrantes deixam o Haiti em direção à República Dominicana, onde pegam um voo para o Panamá e depois ao Equador. Alguns partem de navio direto para o Panamá e seguem em embarcações até o Equador. O trajeto de lá é igual: pegam um ônibus para atravessar o Peru e finalmente chegar ao Brasil. A parte final da viagem costuma ser feita a pé.
Os imigrantes entram no país por Assis Brasil (AC) e seguem para Brasiléia, onde fazem a solicitação de ingresso no país e iniciam o processo para conseguir documentos. O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Henrique Corinto, disse ao G1 que 109 imigrantes haitianos já foram cadastrados em Brasiléia e existem cerca de 50 que ainda não foram identificados.
Segundo Corinto, na Polícia Federal, os estrangeiros são orientados a pedir refúgio ou visto de permanência no Brasil. “Nós estamos dando um apoio humanitário mínimo, porque eles chegam aqui sem nada. Damos a alimentação e abrigo, porque não têm onde ficar. Para transitar pelo país, eles precisam dessa autorização do Ministério da Justiça, que chega pela Polícia Federal. Então, podem ir para outros estados procurar trabalho. Alguns têm interesse em sair do país, ir para os Estados Unidos ou o México. Outros querem trabalhar em obras em Rondônia ou ir para São Paulo”, disse Corinto.
Além de alimento e abrigo, o governo do estado, em parceira com a prefeitura, oferece assistência médica aos recém-chegados. Eles fazem exame para detectar Aids, cólera e outras doenças, além de tomar vacinas contra hepatite, tétano e febre amarela.
“Eu tenho que trabalhar, porque tenho que socorrer minha família que ficou lá [no Haiti] e não tem nada. Tive muitos parentes mortos com cólera. Precisamos de trabalho para mandar algo para quem está lá. Os brasileiros estão nos ajudando. Gosto muito do Brasil”, afirmou Ilana por telefone ao G1.
Os dois filhos dela, de 9 e 6 anos, ficaram no Haiti sob os cuidados de sua mãe. Ela também deixou lá o marido, que está doente há cinco anos e não pode trabalhar. “Tenho que ajudar a manter minha mãe e meu marido. Por isso saí de lá, para poder ajudar”.
Sonho de ajudar a família
Junto com Ilana, outros cinco haitianos trabalham na cozinha da paróquia de Brasiléia. A haitiana identificada como Rosimarie Dorleans, de 51 anos, ainda não decidiu se permanece no Acre, mas afirma que quer ajudar a família. “Deixei mãe, meus irmãos e minha família. Temos grandes problemas lá, como o cólera e a Aids, e o Brasil é muito bom. Aqui todo mundo ajuda. Para chegar, foi difícil, no caminho, todo mundo me pedia dólares, mas estou bem agora”, disse.
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O haitiano identificado como Juden Samfa, de 32 anos, passa o tempo ajudando na paróquia, mas já procura trabalho. “Levei 22 dias de viagem. Minha família está lá, depois talvez deixem o Haiti. Tenho primos que morreram no terremoto e por doenças. Minha mãe e meus irmãos estão vivos. Três amigos meus morreram com cólera”, disse o rapaz. “Eu gosto do Brasil. Tentei entrar no Equador, mas lá não me agrada. Tentei o Peru, mas também não gostei. O Brasil é melhor.”
Abrigo
O PASTOR JORGE E SUA ESPOSA CRISTINA ROJAS VIAJARAM AO ACRE, LEVANDO AJUDA HUMANITARIA PARA NOSSOS IRMAOS REFUGIADOS DO HAITI...AGRADECEMOS PELO SEU APOIO E ORACOES....
http://pastorjorgerojas.blogspot.com
- Seja uma bênção onde quer que vá.Como está escrito: (Aquela pessoa benevolente) distribuiu (generosamente), deu aos pobres, a sua justiça (suas obras de justiça, bondade, misericórdia e benevolência) permanece para sempre. 2 CORÍNTIOS 9:9. É bom e bíblico dar aos pobres, e esse deve ser um dos seus principais interesses. Procure pessoas necessitadas e abençoe-as. Compartilhe o que você tem com aqueles que são menos afortunados. Mas algo bom para lembrar é que todos precisam de bênçãos, mesmo os ricos, os bem-sucedidos e aqueles que parecem ter tudo. O que você comprar ou fizer por essas pessoas não é o mais importante; eles podem não precisar do presente, mas precisam de amor. Todos nós nos sentimos fracos algumas vezes e precisamos ser encorajados, edificados, elogiados e apreciados. Isso pode ser feito apenas com palavras, mas é agradável adicionar um presente quando apropriado. Lembre-se: Deus o abençoa para que você seja uma bênção não somente em poucos lugares, mas onde quer que você vá!.